O que une...
A gente até tenta,
se afasta,
se machuca,
às vezes inventa.
Finge, atua, representa,
provoca ciúme,
ignora, xinga,
e se desorienta.
Sonha acordado, se impacienta,
liga, manda recado,
grita em silêncio,
e não se sustenta.
Sente saudade, se arrebenta,
chora escondido,
sorri amarelo,
e a vida fica cinzenta.
Nosso amor é assim, oito ou oitenta,
sorriso ou choro,
prazer ou desconsolo
e a gente não se aguenta.
Jamais saberemos o que nos une,
mas longe somos pequenos,
e perto somos perfeitos
e, então nada mais nos pune.