Uma lúz acende mil escuridões.
À lúz me levantá
Se a escuridão chegar
Não me perderei
O amor é imperfeito
Mesmo assim o deleito
De trevas ao amar
Puros rios de almas
Que passadas amaram
São vidas em pedaços
Onde o rio não secará
Deito ao chão
Sem chão para deitar
Em um sonho, onde não
Existe o limite para voar.
Pois quando acordo
Acende meu sol o olhar
A intensa escuridão de cera
Em que a vela pingou
Desatinou e apagou-se.
Na onde houver escuridão macabra a lúz pura chegará, até mesmo em um sonho por onde o pensamento carrega almas em rios que não secam e abismos sem fins para voar.