Ato de amor

Esta tua chama que me chama,

Sem nexo, fica me pedindo sexo...

Arde meu interior e sem nenhum temor,

Quero-te em minha cama, minha dama.

Por tantas já passei e quantas não sei,

Mas só tu tens o poder de me prender.

Eu tento resistir, mas sem ter onde ir,

Volto quase morto... eu quero teu corpo.

Deitado ao teu lado de suor molhado

Estou faminto e tu também, eu pressinto.

Tua veste transparente me deixa demente,

E fico desvairado vendo este corpo rosado.

Então me entrego às tuas carícias... que delícia.

Deliro quando falas toda nua... me toma, sou tua !

A me fitar, este teu olhar de desejo como evitar ?

Brota na carne uma paixão... és um adorável tesão.

Então percorro teu corpo... me sinto solto,

Pra acariciar teus seios e sem nenhum receio,

Ficar a beijá-los... em minha boca quero tomá-los.

Vejo tua expressão de prazer, tua face se contorcer.

Sinto tua pele eriçar quando por ela deslizar,

Minha mão mais atrevida. Você geme e revida,

Delira ao toque mais ousado neste corpo suado,

Suplicando pelo gozo final. É uma ânsia carnal.

Invado as tuas entranhas e tu me arranhas...

Escuto teus grunhidos. É música aos meus ouvidos.

E neste ato de corpos colados, unidos, fundidos,

Juntos encontramos o gozo total, nosso objetivo final.

Fica agora o cansaço do delírio,

De uma fêmea e de um macho,

Buscando prazer mais louco

Satisfazendo apenas um pouco.

Porque, depois do descanso, período de marasmo,

Surge novamente o desejo profano, quase insano.

Nossos corpos se buscam, inflama a deliciosa chama

Do prazer ressuscitado querendo mais um orgasmo

Dorival C. FERNANDES

No Leblon, em Pontal do Paraná aos 26/ago/2001

..." recordar é viver duas vezes "...