A face oculta
Quando o amor esconde a face,
não há cupido que o convença,
que a exponha com um disfarce,
ocultando-lhe a convalescença.
Se o pessimismo fá-lo crer
que não há esperanças,
reaja, não se deixe abater,
dias virão de bonança.
Lágrimas dóceis e silentes
fazem-se em mim, presentes,
Dando mostras que o amor
produz rastros de dor.
São rastros mal gerados,
que em breve serão apagados
pelo pó do esquecimento
d'outro amor em surgimento.
A face oculta e tristonha,
agora, ressurge bela
E o coração feliz sonha
com um novo amor para ela.