O CERTO PELO ERRADO
A quem faz hábito do certo,
Melhor não contrariar.
Erguer a voz num deserto,
Quem poderia escutar.
Seguir as trilhas marcadas,
Chega-se a um lugar.
Quando não se quer ouvir,
O melhor é se calar.
Deixar o certo pelo duvidoso,
Dá vontade de chorar.
Mas fazer o outro entender,
Meu amigo é de lascar.
Pros diabos que te carregue,
E eu não vou lamentar.
“Quem tem boca vai a Roma”,
É querer e perguntar.
Quem não pergunta não vai,
Não sabe como chegar.
E sempre que tem um tempo,
Começa a criticar.
O seu tempo é muito curto,
E se põe a demonstrar.
São os outros os culpados,
“Oh! Vida oh! Azar”.
Se o tempo lhe falta em tudo,
Oh! Deus, que não fique mudo,
Mas ai... Bem,
La barca no hay que regresar.
Rio, 20/11/2009
Feitosa dos Santos