Emoções

Entrego-me ao tempo,

para escrever, ouvir o que diz o silêncio,

me encontrando com a vela em luz,

levando em cada verso a centelha,

versada, calada em corpo em alma!

Adentrando pelas entrelinhas,

divago só...

Colho na brisa o alimento,

o cheiro das matas, o calor da capela,

como instrumento do cálice

aqui, na figura de meu mestre,

joga-me aos versos por inteiro!

Erguendo-me por estrofes,

sou parte da penumbra...

Há um condão de pérolas

cravado no peito, hidratando minhas noites,

semeando em minhas madrugas,

cor, nostalgia e a cumplicidade

dos anjos e astros trazendo em canduras

o amor em todas as formas e sabores!

No compasso da viva ferida,

sou saudade, sou o castelo!

Auber Fioravante Júnior

12/11/2009

Porto Alegre - RS