Mar... Abro-te meu coração...
Tua ânsia em me ouvir...
É bravia solidão.
Acorrentada em comunhão.
Teu silente navegar...
Diante de perdidos olhos.
Contemplam reflexo do coração.
No afã das tuas brumas...
Em suaves abraços a me amar.
Entrego-te a vida a versejar.
Pensamentos cortam os rochedos...
Oferecendo dolentes segredos.
Náufragos às margens a te devorar.
Mar... Diante de ti...
Sou fortaleza que se curva.
À transparência madrepérola.
Longe de ti me embrenho...
Em tuas recíprocas correntezas.
Violando tua pureza.