O AMOR NO ACONCHEGO DA TERRA
Ouvir na experiência da vida, fatos rurais,
Histórias contadas por homens do campo,
Histórias arrancadas da terra em trabalho,
Ao roncar do trovão e riscar do relâmpago,
Ou ao tênue claro de um candeeiro de gás,
E sob o piscar pertinente de um pirilampo,
No caminhar da tarde o homem observa,
Ao sapo na estrada apanhando besouro,
A formiga de roça, conduzindo alimento,
Sinal de muita chuva, no brejo um tesouro,
Fartura para as famílias que vivem na roça,
Que planta e tem criação, no campo é ouro.
Ouvem-se os ruídos do pai do leite e coalhada,
Com a mão sobre os olhos, procura no céu,
O homem campônio, sinais sobre o tempo,
Nos lagos, nos pássaros e caminha ao léu,
Contempla a natureza, aprendendo com ela,
Ao Criador do Jardim Terra, tira-Lhe o chapéu.
Para ser feliz precisa o homem aprender
A terra lhe dá a água, o alimento para ceifar,
Muita força nos braços, destreza e coragem,
Nas margens das matas, cabanas para morar,
Campos, frutos e flores que compõe a beleza
Da cabocla formosa, linda e dengosa no amar.
Rio, 05/11/2009
Feitosa dos Santos