DECLÍNIO DE UMA PAIXÃO

Lentamente vai se esvaindo a esperança,

o vento ora rijo e ora lento, já não sopra

o gosto de viver e pouco a pouco, se

observa o declínio de uma paixão.

Já não existe mais aquele viço, as horas já

nascem mortas e a ausência de tudo

faz-se presente e facilmente, alcançamos

a crista dos escolhos...

Não se esboça qualquer reação, sequer

um sorriso para amenizar uma tensão,

apressados passos oferecendo a impressão

que se busca uma solução, mas são

apenas atos instintivos...

O nosso ontem se evaporou, somos hoje

como bando de aves desnorteadas que

procuram um local para repousarem, depois

da longa migração fugindo do rigoroso frio.

Ficarão gravados no tempo os vívidos

momentos, os quais foram pincelados com delicias

incomparáveis quando tudo parecia belo, sem

tormentas, assim como o belo do mar quando sereno.

Final de um romance, sentenciamos

nossa autodestruição.

Wil
Enviado por Wil em 02/11/2009
Código do texto: T1901187