NO AMOR É TEMPO DE RECOMEÇAR
Nenê!
Diga aonde dói?
Ah! A lembrança do teu sorriso sonoro
De um querer-te tão febril
Como isso me corrói
E você mudou tanto
com essa pressa de vida
Agora,
no meu mundo perdido em teus temores
absorto em teus terrores
jorra um chafariz carmim de horrores
Tu despejas
mais uma padiola generosa
dos teus cadáveres embevecidos
seres outrora tão apaixonados
agora quão mutilados n’alma
em seus sonhos evanescentes
rubros lírios de amor,
fenecidos
Mas eis que o trem pagador
da piedade
tinha uma escala na madrugada das almas lugubres
quando o rio da paz sobrepuja o ódio
até não possuir mais,
a cor dos afogados
Calaram-se!!!
teus moinhos quixotescos.
Realinharam-se!
Em doloridos estalos, meus avessos
brisando em tépido azul
um suave recomeço
amor tresloucado
por ferinas lâminas,
esquecido
na paleta d’alma,
Ah! Eis as cores luminosas retornaram
e enchem novamente
os bojos ressequidos
depois das tempestades
uma bateia de leite & mel a vista
não me beijou mais
a tua pressa porosa da vida
teu cutucar com grampo de cabelo
do amor de aparências
sua esquálida ferida
retornar ao repousar mavioso
em minha maviosa ilha
finalmente,
teus ruidosos diabinhos de brinquedo,
estão sem pilha.
Meu blog: poesiasegirassois.blogspot.com