DESENCANTO

DESENCANTO

O Desencanto chega como um trator

Aniquila os meus pensamentos

Maltrata as minhas vontades

O desencanto é o pai da dor

É o silêncio e a prova do medo

É a ausência de brilho no olhar

É a destreza, indelicadeza e a falta de sutileza

Assim com o amor

É a falta de acalanto,

De bem precioso,

De ouro puro no coração.

O desencanto permanece contemporâneo

É lúcido, tácito e estranho

É como um beijo frio

É como um abraço folgado

Sem sentimento num mundo sem cor

O desencanto é como um grande, enorme torpor

Que se abate pelo corpo todo,

Que vem e corta como navalha todos os nossos sonhos,

Todas as nossas vontades e nos faz viver só de lembranças.

Assim é o desencanto.

Assim é a vida.

Andréa Ermelin

27 de outubro de 2009.

Terça-feira

Salvador-Bahia / Brasil

Andréa Ermelin de Mattos
Enviado por Andréa Ermelin de Mattos em 27/10/2009
Código do texto: T1890124
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