O amor , a Noite
O amor
O verdadeiro amor não conheceu e, se conheceu, o
está crucificando entre o crepúsculo e a aurora
matinal. Amar é um verbo que desejaria ter conjugado.
Errou, e o erro que não é puro, está lhe cravando
um punhal pelas costas. Fora traído e apunhalado pela essência da rósea maçã que hoje apodrece pela ação do tempo, que não vacilou em passar.
A noite
Vaga sonâmbulo e solitário nas ruas desertas e nos
becos tristes. As avenidas e as moradias dormem ou
sustentam suas pálpebras sonolentas pelo
cansaço de um dia ceifado pelo crepúsculo que foi
mais forte e o venceu.