Amor que espera
Sempre azul é a noite,
brilhante de ternura a cor,
sempre fere a alma o açoite,
na primavera sem seu amor!
Mas vou indo ao vento,
entre as flores assim,
não é extinto nosso tempo...
Outra flor? Não em meu jardim!
Espero o perfume que a tarde tem,
da sua cotidiana passagem,
meu amor é o beijo que ao luar me vem,
numa romântica e irreal viagem!
Por existir em minhas utopias,
hoje, o que ontem foi realidade,
sua vida soma todas minhas alegrias,
e toma do amor forma e tonalidade!