O QUE PRECISO NÃO ALCANÇO...

Do nada tenho sido presenteado

com coisas que não entendo.

Aparece tal qual como fantasma que

perambula, amedronta e só

vai embora depois que atormenta.

Não tem momento certo, mas já

reparei que todas as vezes que me

entrego aos meus pensamentos

ele aparece, e daí faz até que

até as sombras dancem.

Sopra o vento, a luz do candeeiro descrevendo

agitação, espelho vivo do meu arrebatamento

por um estado de mágoa profunda, que vai

consumindo-me pouco a pouco por aquilo que sinto.

Abatimento por uma perda súbita, estado

de abandono feitio tão complicado que só

com muito custo se acerta com a saída, mas por

onde passo não existe flores só conflitos...

Entre as árvores a lua tenta penetrar

sua luz e assim, passam as horas por

uma doble esperança de poder

outra vez abraçá-la sem murmúrio, como

a noite que atravessa a fria madrugada para

se entregar em uma manhã serena.

Existe um rio e sobre ele uma ponte que

estende-se até a metade de seu comprimento,

semelhança com o meu sentimento que não

permite alcançar o que eu preciso...

Wil
Enviado por Wil em 08/10/2009
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