ORGULHO
O que houve entre nós não foi maldade,
foi apenas orgulho, uma altivez sem
precedentes que impediu consagrarmos
o que nos unia.
Não quisemos, durante todo esse
tempo auto-analisarmos, e cada um
a seu modo exigiu esdrúxulos cuidados
e acabamos esquecendo, que a arte de amar
depende da sensibilidade de quem se inflama...
Não houve em nosso relacionamento
afetivo, aquele algo mais capaz de
vencer nossas próprias barreiras, e
o nosso alvo foi aos poucos morrendo.
Não aceito se me disseres que foi o destino
que impôs esta discórdia. Nós que
impusemos os açoites para o nosso
sentimento, a começar como um
aterrorizante silêncio.
Se conseguirmos nos desvencilhar do
nevoeiro que não permite enxergarmos
o caminho que se distancia cada vez mais,
talvez amanhã seja um novo dia para
o nosso entendimento que hoje, está
assinalando um derradeiro adeus...