Nenhum Lugar – Lugar Nenhum!

É difícil estar, complicado de ser.

Deixo meus dedos correrem

Deixo as idéias fluírem

Esqueço de como pode ser foda

Esquecer de quem me abriu as portas

Ninguém se importa

E dói. Estraçalha.

Mas não me importo,

São coisas pequenas demais

São sonhos que não valem o esforço

Estou sem fôlego

Oxigênio me falta

Enterrado como um morto

Vivo de boca calada

Um bêbado, trôpego

Dos problemas, absorto.

Não tenho firmeza na mente,

Não sei qual direção escolher,

Vivo em um estado calamitoso de mentiras,

Rodeado por pessoas hipócritas

Que contemplam o feio

E ignoram a beleza

O que eu faço?

Pra onde vou?

Vivo? Luto?

Corro? Morro?

Ignoro?

Amo? Contemplo?

Resolvo? Esqueço?

Lembro? Rio?

Há um lugar,

Onde eu possa morrer e viver,

Lutar e correr

Ignorar e contemplar

Resolver e esquecer.

Lembrar de rir

Mas não há nenhum lugar,

Onde eu possa, de verdade,

Intensamente, amar.

Fábio Pimenta
Enviado por Fábio Pimenta em 25/09/2009
Reeditado em 30/10/2012
Código do texto: T1831252
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