Nenhum Lugar – Lugar Nenhum!
É difícil estar, complicado de ser.
Deixo meus dedos correrem
Deixo as idéias fluírem
Esqueço de como pode ser foda
Esquecer de quem me abriu as portas
Ninguém se importa
E dói. Estraçalha.
Mas não me importo,
São coisas pequenas demais
São sonhos que não valem o esforço
Estou sem fôlego
Oxigênio me falta
Enterrado como um morto
Vivo de boca calada
Um bêbado, trôpego
Dos problemas, absorto.
Não tenho firmeza na mente,
Não sei qual direção escolher,
Vivo em um estado calamitoso de mentiras,
Rodeado por pessoas hipócritas
Que contemplam o feio
E ignoram a beleza
O que eu faço?
Pra onde vou?
Vivo? Luto?
Corro? Morro?
Ignoro?
Amo? Contemplo?
Resolvo? Esqueço?
Lembro? Rio?
Há um lugar,
Onde eu possa morrer e viver,
Lutar e correr
Ignorar e contemplar
Resolver e esquecer.
Lembrar de rir
Mas não há nenhum lugar,
Onde eu possa, de verdade,
Intensamente, amar.