Corro o tempo

Corro o tempo para saber-te

na língua lisa da noite

e gasto a fé nos caminhos

do teu rasto vegetal

Se te encontro florimos

carne

sede

temporais

E floresço

como uma primavera firme

adiantada

Não fora a neve que sinto

lá fora

e o meu peito seria amarelo

como as giestas que ardem

na estrada

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 16/09/2009
Código do texto: T1814079
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