Corro o tempo
Corro o tempo para saber-te
na língua lisa da noite
e gasto a fé nos caminhos
do teu rasto vegetal
Se te encontro florimos
carne
sede
temporais
E floresço
como uma primavera firme
adiantada
Não fora a neve que sinto
lá fora
e o meu peito seria amarelo
como as giestas que ardem
na estrada