Sereno da Lágrima

 
A noite inunda meus olhos.
Em imensidão nublada.
Refletindo tímidos brilhos.
De estrelas semi-apagadas.
 
Uma lágrima percorre silente.
À margem de canal inundado.
Deságua em lábios trêmulos.
Provocando letargia na mente.
 
A madrugada se abriga.
Em manto de gélido frescor.
As poucas estrelas palpitam.
Um cerrar de portas em ardor.
 
O sereno por ela emanado.
Refresca por fim em louvor.
Adormecer tranquilo... No sereno.
Com saudade de um Amor.