MEA-CULPA

Mea-culpa por ser infinito o que dei,

e em seguida ter me tornado cego e deixar de

reconhecer o que mais era caro

e somente meu...

Por ter simplesmente jogado a

felicidade em um campo minado

e depois, ter que conviver com as

sequelas lancinantes...

Por ter deixado de amar quem

sempre me amou, de ter abdicado

o lugar que ocupei de um

verdadeiro super-pai...

Por mirar somente um campo

enganoso com belas flores que acenavam

como dando as boas-vindas e, depois,

ter que respirar apenas cinzas daquilo

que nunca se concretizou...

Sim, mea-culpa, tão-somente

mea-culpa por só enxergar uma visão

de aspecto fantasmal, e não ter

entrevisto a luz falsa e quimérica que

claramente indicava um presságio infausto no final...

Wil
Enviado por Wil em 08/09/2009
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