VENTO ERRANTE
Você é como o vento
Frívolo, inconstante e sem temor
Às vezes, brisa de momento,
Noutras tantas, furacão arrasador
Fica ao meu redor como redemoinho,
Enrolado ao meu corpo com ardor,
Me cobre de perfume e de carinho
Depois se afasta, sem o menor pudor
Visita outras verdejantes campinas
Que o recebem com o mesmo calor,
Leva-lhes frescor, mas de repente, como ave de rapina
Dá-lhes as costas com o mesmo furor...
Ah! Vento... Vento... Vento...
Pudera eu, prender-lhe em dourada gaiola
Assim quem sabe, cessaria esse meu tormento
E você nunca mais iria embora...
Vitória-ES