VENTO ERRANTE

Você é como o vento

Frívolo, inconstante e sem temor

Às vezes, brisa de momento,

Noutras tantas, furacão arrasador

Fica ao meu redor como redemoinho,

Enrolado ao meu corpo com ardor,

Me cobre de perfume e de carinho

Depois se afasta, sem o menor pudor

Visita outras verdejantes campinas

Que o recebem com o mesmo calor,

Leva-lhes frescor, mas de repente, como ave de rapina

Dá-lhes as costas com o mesmo furor...

Ah! Vento... Vento... Vento...

Pudera eu, prender-lhe em dourada gaiola

Assim quem sabe, cessaria esse meu tormento

E você nunca mais iria embora...

Vitória-ES

Baby
Enviado por Baby em 20/06/2006
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