O amor na solidão

É ânsia, desejo, bem querer

é chama que queima sem se ver

labareda que devora o peito

chaga que não cicatriza

é alegria é desgosto

é agonia, febre e delírio

é nunca alegrar-se por completo

é prestar atenção e nunca aprender a lição

é se entregar na clausura

é trancar as algemas por querer

é perecer lentamente

vencida pelo vencedor

na esperança perene

de ter de volta o grande amor

Ingrid Gerbasi
Enviado por Ingrid Gerbasi em 02/09/2009
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