Devaneio junto ao mar
Nos teus olhos vejo a ternura do luar,
No teu sorriso calmaria da noite calma,
Nos teu jeito de ser o navegar do infante!
Longe, para lá do oceano,
É figura de proa, destemida, perturbante
Que rasga do profano
Aquilo que no coração nasce e vive na alma!
És Jocabeth e Myriam,
És profeta e povo no caminhar
Neste deserto de terras que separam o sonho,
Mas perenes de esperança que so os sonhos alcançam!
Ah! Como seria teu saltitar risonho
Em campos de flores e mares de além!
Nesta pedra onde me sento sou ninguém,
Numa Antiqua cidade, numa contagem de dias
Que se esfunam naquelas areias
Que agarro no furor da terra mãe!
Poema, talvez desfilar de palavras
Mas que são desejo e sentimento
Nesta pedra onde me sento,
Para pensar junto ao mar!