EXPECTATIVAS
Quanto se sofre ao se criar expectativas,
Principalmente em relação ao amor
Elas não acontecem na forma pretendida
E aí perdem a essência e o glamour
Pra você visto meias de seda,
Roupa vermelha de renda, bonita
Pinto a boca na cor de cereja
Fico sensual e bem atrevida
Faço pose de atriz de cinema
Ensaio gestos teatrais e febris
À sombra da luz difusa e amena
Preparo um drink, de licor de cássis
Você chega tranqüilo e assoviando
Nesse seu jeito tão habitual
E eu nervosa, aqui esperando
Um elogio seu...mas, qual!
Você me pergunta distraído
Como foi meu dia afinal,
Nem nota meu estilo bonito...
Cai então o pano e a peça tem seu final
Essa indiferença masculina é fatal!
Cria-se tantas expectativas,
Mas elas se esvaem de forma tão banal...
Que sina Meu Deus! Que sina...
Vitória-ES