Manhã Clara

Manhã Clara

De sons se marca o tempo

E de branco esta madrugada

Secretas melodias

Morrem no sono das aves

E a noite

Chora orvalhos

Nos penedos

Da serra

Há mais de ti

Na tua ausência

E sobras o que não cabe no meu peito

O fogo

A sede

E a vontade de ter-te

Á distância do braço

Trazes contigo a voz do dia

Rumor de luz nos ocres da folhagem

Restos de estrelas tontas da viagem

Lá do fundo da noite até aqui

Trazes contigo a boca e a palavra

No lado oculto das horas

É manhã clara

Sintra,

Edgardo Xavier

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 13/08/2009
Código do texto: T1752319
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