Desamparo
Desamparo
As lágrimas como fonte
rio aberto
pranto sereno
submersa a dor sangrada
nos mistérios do peito
na incerteza das mãos
na inclemência com que nos fustigamos
com palavras e uivos
Somos a fusão de corpos exangues
na avidez de um fogo
já extinto
Edgardo Xavier
Sintra