Amor de agosto
Que bela é a bruma,
que teu perfume encerra,
e qual serena pluma,
voa em agosto na serra!
Voa como a nostalgia,
com o mesmo olhar,
inverno de suave magia,
encanto e antigo sonhar!
Foi no entrelaçar dos anos,
que me os levaram como fera,
e em passares insanos,
devolveram-me em cada primavera!
No cálice que devolve amores,
sorvo sob o céu de agosto,
o nostálgico de seus sabores,
e do real beijo, o gosto!