Das inocências de rosa e lírio: ... painas somos ...

Painas somos,

embora lírio ou rosa

apareçamos...

ou singelos gromos*

em videira candorosa...

Submersos avançamos

no amor,

até ao fundo

do acarinhar mundo:

Aram ardor

os nossos dedos

na pele e no coração

esmorece a canção

dos tempos azedos...

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(*) "gromo", voz comum na Galiza, por "gomo".

NOTA: Kathleen Lessa comentou um poema meu: «Painas molhadas derivaram destes.»