MANIA

Por várias vezes,

tentei fugir dos meus sonhos,

não desejava mais, ouvir o tilintar

dos sinos,

constantes enfeites

de minha maneira de amar.

Tentei modificar

os caminhos,

para que nada fosse lembrado,

incluindo os folguedos,

dos momentos em que

perdíamos a razão...

Como símbolo de uma desventura,

implantei em mim o fragor

de um clamor,

apenas como forma de atenuar

os gemidos,

provocados pela dor

de uma desunião.

Nada se modificou,

deserto indelével,

incluindo a velha jarra estreita,

que ainda exibe as flores

secas sobre a mesa.

Continuo errante

com hábitos inveterados,

convivo combatendo procelas.

Suponho que nem mesmo

pedindo auxilio às musas

do imaginário, encontrarei solução,

prá deixar de te amar...

Wil
Enviado por Wil em 06/06/2006
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