Das inocências de rosa e lírio: ... súbditos dos amores...

Por que se amostra rosa cindida

como duas doces metades de maçã?

Por que lírio, irresoluto, duvida

prelibar a doçura suave da manhã?

Será que teme sofrer incerta

paixão de arujos frouxos e indecisos?

Será que receia a trémula oferta

dos prazenteiros e dilatados sorrisos?

Talvez nem rosa nem lírio, sossegados,

sejam apenas flores:

Talvez sejam, por primor, humanados

súbditos dos amores...