Uma prece ao amor
Uma prece ao amor
Ecoa o toque das almas na capelinha
Ergo o meu véu de virtudes e agradeço
Elevo aos céus uma prece quase ladainha
Sou donzela e na vida tenho amor que mereço.
Pombas brancas atordoadas com o repicar
Dobram os sinos e elas perdem o rumo
Anoitece devagarzinho e saio a caminhar
é certo ao chegar à esquina vou te encontrar
Oh Senhor dos meus sonhos de menina
Sereno e terno olhar a fazer-me mulher
Despida de inocência e muito mais feminina
Que outros olhos poderiam assim me querer?
Tal quebranto, encanto que me desatina
Tanto que quero te ter até um novo alvorecer!