<--meu demônio-->
E quando eu cansar dos meus anjos
vou abrir outra janela, dar passagem
abraçar esse demônio, permitir
Numa noite solitária, as que me rondas
com rugidos e lamentos, peçonhentos
tremem vidros da janela, rangem portas
Forte o cheiro, torta e escura a silhueta
quão mais perto te percebo, treme o corpo
invadido por calafrios e suores intensos
Descompassado o coração denuncia
jaz o medo, sufocado nas cobertas
são já de ânsia e espera, os arrepios
E me vences, noutra noite, dessas
tens meu corpo e minha vontade
em completa possessão, meu fantasma..
m.raposo*