<--meu demônio-->

E quando eu cansar dos meus anjos

vou abrir outra janela, dar passagem

abraçar esse demônio, permitir

Numa noite solitária, as que me rondas

com rugidos e lamentos, peçonhentos

tremem vidros da janela, rangem portas

Forte o cheiro, torta e escura a silhueta

quão mais perto te percebo, treme o corpo

invadido por calafrios e suores intensos

Descompassado o coração denuncia

jaz o medo, sufocado nas cobertas

são já de ânsia e espera, os arrepios

E me vences, noutra noite, dessas

tens meu corpo e minha vontade

em completa possessão, meu fantasma..

m.raposo*

UmaMonalisa
Enviado por UmaMonalisa em 26/06/2009
Reeditado em 26/06/2009
Código do texto: T1668803
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