Volta ao Ninho
Os Olhos rasos de pranto,
Na alma, dor, amargura.
Voz não havia, nem canto,
Vazio total de ternura.
Sozinha, sem paz e esperança,
Vagava as esquinas da vida,
Distante a raiz e a herança,
Do lar, a saudade perdida.
Cruzou-lhe a luz no caminho,
Avista, adiante, o jardim,
Vê flor, não mais o espinho.
Sonhos renascem, enfim;
Deseja agora o carinho.
Feliz, regressa p'ra mim.