PASSEIO CLITORIANO
Rompendo as curvas da estrada
Do teu derrapante e esguio corpo
Deliro incontidos prazeres mundanos
Ora lentos... Ora rápidos e vibrantes
Pelos teus sussurros soube de um oásis
Por onde goteja uma gruta de framboesa
E ali na boca daqueles lábios um pontinho
Saliente, faceiro e posudo que quer carinho
E me pediu num gemido meio mudo
Que só pela esperteza de meu ouvido
Pecador acostumado aos bons tratados
Escutou o apelo safado para ser explorado
De que querias era o toque mavioso
De meus dedos silenciosos e gulosos
A roçar encantamentos majestosos
Pelos labirintos sequiosos e famintos
E como num elétrico sortilégio
Fico obediente, pronto e saliente
A satisfazer os seus ardentes desejos
Colocando ali meus demorados beijos
E o gozo se deu naquele instante
Para alegria dos céus e dos deuses
Que ouviram pela tua insaciável boca
O grito murmurante do prazer e da loucura
Para orgulho dessa espécie radiante
Que se abriu como uma pétala de flor
Para receber o mais fino e delicado amor
De um amante poderoso e gostoso...
Deixando ali naquele recipiente delicado
O perfume delicioso do seu sexo amoroso
E eles festejam agora em gotas prazerosas
O desabrochar clitoriano no passeio de rosas.
Hildebrando Menezes