PASSEIO CLITORIANO

Rompendo as curvas da estrada

Do teu derrapante e esguio corpo

Deliro incontidos prazeres mundanos

Ora lentos... Ora rápidos e vibrantes

Pelos teus sussurros soube de um oásis

Por onde goteja uma gruta de framboesa

E ali na boca daqueles lábios um pontinho

Saliente, faceiro e posudo que quer carinho

E me pediu num gemido meio mudo

Que só pela esperteza de meu ouvido

Pecador acostumado aos bons tratados

Escutou o apelo safado para ser explorado

De que querias era o toque mavioso

De meus dedos silenciosos e gulosos

A roçar encantamentos majestosos

Pelos labirintos sequiosos e famintos

E como num elétrico sortilégio

Fico obediente, pronto e saliente

A satisfazer os seus ardentes desejos

Colocando ali meus demorados beijos

E o gozo se deu naquele instante

Para alegria dos céus e dos deuses

Que ouviram pela tua insaciável boca

O grito murmurante do prazer e da loucura

Para orgulho dessa espécie radiante

Que se abriu como uma pétala de flor

Para receber o mais fino e delicado amor

De um amante poderoso e gostoso...

Deixando ali naquele recipiente delicado

O perfume delicioso do seu sexo amoroso

E eles festejam agora em gotas prazerosas

O desabrochar clitoriano no passeio de rosas.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 09/06/2009
Reeditado em 09/06/2009
Código do texto: T1640413