IMPOSTURA

De mansinho, a noite vem chegando,

e com ela a candura de uma suave brisa,

tudo indicando uma aparente calma.

Contudo, a aragem

vem ornamentada de imposturas,

impondo-me abraçar lembranças

como se fora uma prescrição autoritária.

Talvez, você em meio a essa multidão,

não se lembre quantas vezes

enxuguei tuas lágrimas,

e como me tornei um confessor

somente para ouvir teus gemidos.

E...., depois me diz

que usei de meias palavras,

quando as tuas tão extensas

nunca diziam nada,

completamente fúteis e vazias.

Por consequência,

trago estigmas profundas,

como trago preso aqui dentro de mim,

uma vontade

de dizer ao mundo que

foste uma fingida..

Mas, não sei a razão

porque perco meu tempo,

porque tento reviver

acontecimentos já inumados,

e por certo pertencentes

a maldosa viração....,

que sempre chega devagarinho

assim como você chegou...,

toda emoldada com artifícios simulados.

Wil
Enviado por Wil em 26/05/2006
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