....esquecer...
Não me digas mais
sou só teu, todo teu
não prometas que virás
logo amanhã, de noite fria
não cite aquela música
coberta de outras noites
nem o vinho de gosto impuro
refresco de corpos suados
não mostre o papel de bala
da porta de um cinema
não conte que ainda é inteira
a seca flor da pracinha
não mintas que estou contigo
em cada dos pensamentos
que encontras em cada riso
a minha boca em desenho
solte-me, quebre grilhões
pecado manter cativa
se quer que eu siga viva
vestida pra te esquecer....
m.raposo*