A carta do Pierrot
As flores que ai vão com muito amor,
Embora de plástico...
Levam consigo o meu perfume...
Que ajudam a tirar de mim esse azedume
De nunca poder te ter...
Eis que surge a cura de minha sina
Eu só preciso acabar com esse arlequim
Para viver junto de ti, minha colombina...
Embora isso seja apenas sonho...
Eis que aqui eu te proponho
Case comigo e seja feliz
por menos perfeito que eu sejas,
Sou o impuro por entre as cerejas
Mais pelo menos a cá estou!
Nunca te deixarei sozinha
Embora que não sejas minha
Serás sempre meu ser
Oh! Minha colombina
Não precisas me escutar
Basta apenas me olhar...
Para que assim, aos jardins dos céus eu possa voar...
Mesmo triste e desanimado
Ainda desejo-lhe, muito inconformado
Uma felicidade infindável
Mesmo que eu viva esse amargor imensurável”.
Com muito amor...
O pierrot