A carta do Pierrot

As flores que ai vão com muito amor,

Embora de plástico...

Levam consigo o meu perfume...

Que ajudam a tirar de mim esse azedume

De nunca poder te ter...

Eis que surge a cura de minha sina

Eu só preciso acabar com esse arlequim

Para viver junto de ti, minha colombina...

Embora isso seja apenas sonho...

Eis que aqui eu te proponho

Case comigo e seja feliz

por menos perfeito que eu sejas,

Sou o impuro por entre as cerejas

Mais pelo menos a cá estou!

Nunca te deixarei sozinha

Embora que não sejas minha

Serás sempre meu ser

Oh! Minha colombina

Não precisas me escutar

Basta apenas me olhar...

Para que assim, aos jardins dos céus eu possa voar...

Mesmo triste e desanimado

Ainda desejo-lhe, muito inconformado

Uma felicidade infindável

Mesmo que eu viva esse amargor imensurável”.

Com muito amor...

O pierrot

Nairon Botão
Enviado por Nairon Botão em 01/06/2009
Código do texto: T1626881
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