DIFERENÇAS
Minhas mãos desprenderam-se das tuas
Nalgum ponto da vida negada
O tempo doente se fechou atrás de nós
E as nuvens esconderam
O universo das diferenças
Tudo agora flutua
No espaço
Dos desejos ainda vivos
Na face nua dos sentimentos
Que temos um pelo outro
De quem será o primeiro
Ato da mão estendida?
Nada é claro, nem preciso
Na incerteza
E nos desencontros
Onde o coração sofre
Nas teias da vida
Formando labirintos
Sem voz e nem saída!