MORRER DE AMOR!
Há pessoas que morrem por amor
E eu não sei quanto me resta
Se será pouco ou se até presta
Mas quero morrer de amor
Sem dúvidas... Na certa!
Mas há pessoas que morrem
Sem nunca terem amado
E estas falecem secas e velhas
De minha parte antes da morte
Quero ‘entrar na tua’ querida...
Nas tuas descidas e subidas
Mergulhar nos teus poemas
Sentir o teu perfume d'alfazema
Porque sem amor não há vida
Tudo se torna pequeno na balança
E mesmo sendo a última... A esperança
Ela também morre... Por vezes criança.
Aqui só quero que você me deixe
Cobrir os teus vazios com poesias
Imaginar os teus dilemas dia a dia
Quem sabe até solucionar os problemas
Na sintonia da tua chama que clama
Não importar do que derrama e reclamas
Sei também que há choros sem lágrimas
No imenso deserto encoberto de nós dois
Há alegrias sem sorrisos
Há olhares sem paixão
Há andares mecânicos
Nuvens, sombras, tempestades...
Furacões, tormentos, escuridão.
Mas eu a quero em suave sedução
Desejo emprestar, doar... Calar...
Falar... Dialogar... Propor... Amar
Mesmo sendo o horizonte distante e vazio
O céu sem cor e o sol sem brilho
E que em meu rosto só houver rastilho
De palidez, sofrimento e desespero
Sei que quando não há sonhos...
Não há encanto e nem canto
Porque só desejamos o amor...
Mesmo que sejam amores etéreos
Ainda assim me entregarei a ti inteiro
No resto de meus dias que ainda terei
Buscando... Acatando... Esperando
Vencendo... Lutando... Desbravando
O melhor retirado do pior
Das surpresas e malvadezas
Incertezas... Impurezas doentias
Das traições vadias que tanto judiam
Estarei com coragem e viril valentia
No regaço dos teus braços
Acariciado pelos enlaços
Do luar até o por do sol...
Manhãs ouvindo o rouxinol
No simples ou no plural...
De bem... Despidos do mal
É ou não é sensacional?!
Morrer e viver assim...
Com você bem perto de mim
E sei lá mais... Quais os poréns...
Será gozar aqui... Já no paraíso
O éden construído nestes versos
No fulgor de um mero improviso...
Que estava aqui contido à espera do teu aviso
Adaptado ao teu livro e do meu grito escondido...
De que nós dois estamos morrendo de amor.
Dueto: Roberta Teperino e Hildebrando Menezes
Nota: Adaptado da série “Amores Etéreos” de Roberta Teperino p.25
E do poema aqui editado “Vou morrer de amor...” de Hildebrando Menezes