Quisera eu ser um abatroz
Voar pelo céu, infinito azul
Para num beijo, calar sua voz
Fazer do eu e você, um único nós
Seguir sem medo rumo ao sul

Quem dera, por um instante
Abrir minhas asas e voar
Tornar-me um poeta viajante
Que sonha ser o seu amante
Em teu corpo quente (re)pousar

Mas, estou preso a este chão
Ao destino, nosso cruel algoz
Só tenho as asas da ilusão
Que fazem voar o coração
E da minha alma um albatroz