*POR QUE O AMOR MORRE*
Faltaram os temperos do petisco
Uma pimenta diária no diálogo
O sabor do beijo muito arisco
Do abraço o registro no catálogo
O tempo acumulou a ferrugem
As palavras sumiram desbotadas
Talvez carcomida na linguagem
Esconderam-se ocas desalentadas
As chaves da confiança não criaram
A segurança no cofre da verdade
Como dois gatunos arrombaram
Do amor a segurança e lealdade
As palavras feriram os quereres
Abriu cicatriz a lágrima sangrou
De tanto desprezar os saberes
Que a página do Dário amarelou
O amor não registrou prioridade
Gritou o sexo paixão equivalente
Naquele a mansidão faz validade
Nesta a explosão apaga a mente
Ah, as mãos que tatuam de leve
O olhar que faminto se entrega
Oculta da tela o retrato breve
Para falar ao coração, sossega
O telefone calou em desalento
Nunca mais a voz sob a antena
Aposentado como lei de isento
Uniu-se a lágrima em quarentena
Faltou adoçante o principal sabor
Três pitadas que no baú mofam
Que salvaria do mundo tanta dor
EU TE AMO, tão simples, cortam...
Faltaram os temperos do petisco
Uma pimenta diária no diálogo
O sabor do beijo muito arisco
Do abraço o registro no catálogo
O tempo acumulou a ferrugem
As palavras sumiram desbotadas
Talvez carcomida na linguagem
Esconderam-se ocas desalentadas
As chaves da confiança não criaram
A segurança no cofre da verdade
Como dois gatunos arrombaram
Do amor a segurança e lealdade
As palavras feriram os quereres
Abriu cicatriz a lágrima sangrou
De tanto desprezar os saberes
Que a página do Dário amarelou
O amor não registrou prioridade
Gritou o sexo paixão equivalente
Naquele a mansidão faz validade
Nesta a explosão apaga a mente
Ah, as mãos que tatuam de leve
O olhar que faminto se entrega
Oculta da tela o retrato breve
Para falar ao coração, sossega
O telefone calou em desalento
Nunca mais a voz sob a antena
Aposentado como lei de isento
Uniu-se a lágrima em quarentena
Faltou adoçante o principal sabor
Três pitadas que no baú mofam
Que salvaria do mundo tanta dor
EU TE AMO, tão simples, cortam...