CAVALHEIRO
CAVALHEIRO
Formoso em suas vestes de batalha
Impondo respeito aos nobres edis
Cavalheiro da espada que não falha
Põe-se romântico e de amor me diz
Preso na masmorra dos meus desejos
Castelo avassalador, corpo dessa dona
Duquesa de longas madeixas e arpejos
Ao tocar sutilmente tua bela corona.
Minhas vestes um grande empecilho
Vencido por a lâmina afiada, cortante
Rasgas as mantilhas, as jóias, mo brilho
Tens-me submissa, desnuda, amante
Amanhece o dia, sol arfante em Atenas
Sou Melena que desperta, atordoada
Na alcova o travesseiro solta as penas
Afrodite com inveja bate em retirada.