Meus olhos,
Pássaros feridos de ausência
Voam com as asas da inocência
A procurar por você
Voam silenciosos
Sobre as florestas
Da indiferença
Do seu rosto, agora estranho
Que me olha
Mas não me vê
Meus olhos, pássaros migratórios
Pousam nos muros da paciência
Observam sem nunca desistir
Nem se fechar, por um instante
Com medo de lhe perder!