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Ah! As lembranças doem,
doem quando se buscam tardias,
qual grafite desbotado do tempo,
se perdem...
Se é amor, dói por saber, que
tantas estações passaram...
E ele ficou nas imensidões das seculares
utopias inatingíveis e irremediáveis...
Ah! As lembranças doem,
quantas vezes dissemos ti amo...
e agora apenas esta névoa a reclamar
a silhueta do antigo amor...
Se fosse coisa de momento...
Mas enraizada está no ãmago,
na fatalidade irreversível dos segundos,
a cada passo dado, passos que jogam o
olhar no chão...
O olhar perdido as vezes busca em tudo
o retorno improvável, mas só a lembrança...
Só ela nos leva ao beijo dado, e nos atira
em seguida a um banho de lágrimas,
guardadas através dos anos...
Ah! As lembranças doem...
As flores nunca mais trariam...
O luar jamais nos faria novamente ver
e sentir passadas alegrias...
A insolúvel saudade que nos faz reféns
do irremediável do que passou...


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Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 14/05/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1593797
Classificação de conteúdo: seguro
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