Pastoreio...

        Pastora, à noite
      As palavras recolho
     Em lãs de silêncio
     E nuvens acolhedoras.
     Eu as guardo no vazio imenso,
     Seladas planicies do coração...
     As fronteiras do verbo ultrapasso
     E, as porto na espessura do olhar.
     Com elas caminho passo a passo
     Onde o amor em silêncio, está a chamar.
     Chego ao impoderável céu da boca!
       ___  Na boca da noite,
     Aos corpos deixo a poesia...
    Aos corpos e sua rima rouca.
    __ Do amor, à noite falem os sentidos:
        Sombra, musica, arpejo
       Essência poética doce aos ouvidos.
       Na pauta  e texto controverso de um beijo
       Bailem os amantes na rima do verso livre!