NA ESCURIDÃO DA ALMA
As nuvens encobrem o céu,
Cai a chuva e rega as flores,
Vai-se o sol, chega à noite,
Vem a dor, vão-se os amores.
Quando em vez, ufa o coração,
Palpitar forte no peito,
Entre desdém e trejeitos,
O pensamento mui além,
Fica triste quem não traz
Um amor ao lado seu,
Lembra os sonhos sonhados,
Lembranças na contramão,
Trazem sempre a solidão
No mais profundo da alma
Sentimento que não acalma
O pulsar de um coração.
Murcha o sorriso do rosto,
Desfalece a altivez,
Sucumbe-se em emoção,
As lágrimas rolam na fronte,
O amor que ficou no ontem,
Hoje, e no amanhã talvez.
Rio, 27/04/2009
Feitosa dos Santos