Ópera do Silêncio

Nos caminhos entrecortados.
Portas batiam ao sabor do vento...
 Encarcerado!!!
A cada ir e vir...
Um  silêncio... Um silvo. 
Pronunciado...
Caminho estreito...
Que nas passagens noturnas...
Encontro furtivo...
À espreita.
Iluminação de uma timidez...
Uma cumplicidade...
Do silêncio pronunciado...
A cada fresta...
Abria-se um sentido...
Corpo em frêmito divino...
No entrelace de portas...
De trancas enfurecidas...
Pela oxidação cínica...
Não permitia o transgredir.
Deixando corpos emperrados...
Quão esbravejar  silencioso e gélido...
De ensurdecedor eco pronunciado...
De um coração descompassado...
Num articulado...
EU TE AMO!!!
Pronunciado.
E neste instante...
Aplausos das portas surdas-mudas...
 Em coro...
Num Bravo... Bravíssimo...
 Dissonante...
Da ópera apreciada...
Do Amor... 
Silencioso...
Dos amantes no corredor!!!

SoLuNaMaRoSa
Em: 24/04/2.009