NÃO QUERO

Agora, só o que peço

é que a vida me devolva

com a maior brevidade, o

que mais preciso,

a paz que perdi.

Desejo encostar-me em um

canto só meu, mesmo sabendo

que a partir desse momento,

estarei sozinho nas páginas da história.

Foi preferível assim,

mil vezes assim, pois, sorrir

para disfarçar coisas ruins,

vinha acabando com os meus dias.

É possível que não me acostume logo,

afinal, viver isolado,

sem um apego e sem ter um

sonho sem sabor, talvez o

estágio me converta em

mais um desditoso.

Tomara que eu não acabe

entrando por veredas inquietantes,

não habite nos braços da insanidade,

e amanhã, não me veja desfilando

por um mundo soturno, e tem mais,

não quero ser um carente da luz...

Wil
Enviado por Wil em 21/04/2009
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