NÃO QUERO
Agora, só o que peço
é que a vida me devolva
com a maior brevidade, o
que mais preciso,
a paz que perdi.
Desejo encostar-me em um
canto só meu, mesmo sabendo
que a partir desse momento,
estarei sozinho nas páginas da história.
Foi preferível assim,
mil vezes assim, pois, sorrir
para disfarçar coisas ruins,
vinha acabando com os meus dias.
É possível que não me acostume logo,
afinal, viver isolado,
sem um apego e sem ter um
sonho sem sabor, talvez o
estágio me converta em
mais um desditoso.
Tomara que eu não acabe
entrando por veredas inquietantes,
não habite nos braços da insanidade,
e amanhã, não me veja desfilando
por um mundo soturno, e tem mais,
não quero ser um carente da luz...