O que dizer do amor?

Este inexplicável sentimento

Vindo não se sabe de onde

E nem donde ele se esconde

Só se sabe que vem, vai e volta

Retorna e impulsiona os poetas

Não tem e não há pra ele explicação

Nem se espera compreensão

Seria divino o seu propósito...

O céu será seu fundo... Depósito...

E o cosmos é o princípio e o fim?

Somos grãos de poeira do universo

E a junção dos átomos em versos

É fruto da necessária intuição

Ou da explosão das paixões?

Relicário delicado das emoções

Parece que tudo é vivido e sentido

Como numa linguagem metafísica

Cosmológica de cunho metafórico

E aí nesse turbilhão de sensações

Habita a bendita tal poesia infinita

Que a toda hora pede a ser composta

Escrita, definida, conceituada, tratada

Que é ao mesmo tempo triste e bonita

Complexa, simples, profunda e singela

Parece até que é do amor a fonte dela

De onde se declama o verbo e a palavra

Que se fez carne e depois veio a ser cerne

A luz, a cruz da dor que seduz

E de fato amor... Só pode ser essência

Presença do Deus homem entre a gente

O nascimento da valiosa consciência

Resposta a nossa curta e breve existência

Tudo aquilo que fascina como substância

Estudo do saber, conhecimento da ciência

Insiste e persiste porque sabe que existe

Em suma é o amor que a tudo domina

E dá o encanto nos versos e nas rimas

Portanto só nos resta aplaudir ao amor

E este foi o jeito de rabiscar seu valor

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 21/04/2009
Código do texto: T1551662