E EU...CONTINUO TÃO SÓ
Quando na densa escuridão,
iluminado apenas por pequenos faróis
dependurados no céu, faltou
alguém que se deitasse
comigo na relva para admirar as estrelas...
Quando hipnotizado pela
beleza das flores, faltou o
perfume condutor para
as fantasias amorosas...
Quando vagueando em pensamentos,
nas noites quentes de verão,
faltou a regente para
orquestrar uma canção..
Por essa razão, eu próprio
ouço minha alma clamando
por esse alguém que
ainda não chegou. Creio ser
efeito de uma insolúvel dilação.
Assim, essa demora vem açoitando
minha maneira de esperar,
e nessa aflição intensa vejo tudo
se escoando no funil do tempo,
e eu...continuo tão só...