BOLERO
Nas brumas, que pautam essa misteriosa ária,
completa-se o cálice que abana as sombras.
E a poesia, que se desenrola espontânea,
transpira letras acanhadas que se abraçam no ar.
Onde a poetisa experimenta a turgescência lírica,
na musicalidade que se minuta em acordes...
Que vão além da Lua e além do Sol,
além de mim e além de ti,
além do ser e do não ser...
No mais sublime e sedutor bolero.